quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Aquisições Recentes

O meu colega Nuno Nunes do Clube Bonsai do Algarve, por imperativos pessoais, está a desfazer-se de uma parte da sua colecção e eu aproveitei para ficar-lhe com 3 plantas que vieram dar um colorido novo ao meu quintal.

A primeira é este chobujai, um chaenomeles japonica, que o Nuno já tinha há algum tempo e do qual eu sempre gostei muito. Estive presente quando ele mudou para este vaso actual, o qual casa muito bem com a coloração das flores, e foi dos shohin mais bonitos que estiveram presentes na última exposição do CBA.
Quando o trouxe para casa apanhou aquela vaga de calor do início de Setembro e calhou ter havido uns dois dias em que apenas pude regar uma vez. Resultado: secou quase toda a folhagem. Felizmente, recuperou bem e agora está a lançar novamente flor neste período, as quais eu vou retirar pois deve concentrar os seus esforços na acumulação de açucares para o período de dormência e não a andar a gastar energias com novas florações.



A segunda é um pinus silvestris shohin no qual eu andei muito tempo de olho enquanto estava à venda no Jardim Bonsai de Tavira. Quando eu me decidi a comprá-lo (com o dinheiro na mão e tudo), o Nuno já tinha ficado com ele! :(
Mas à segunda foi de vez. Este pinheirito é espetacular na qualidade de casca para o seu tamanho, tendo características muito boas para fazer um shohin de qualidade superior. Existe igualmente suficiente material para fazer madeira morta. É de momento, um dos shohin mais promissores que tenho comigo.



A terceira e última planta tem uma história engraçada. Eu já conhecia esta murta há algum tempo, desde que o Ivo Santos a tinha publicado no seu blog e no fórum Dragaosai, após ter trabalhado a madeira morta da planta. Na altura tinha gostado muito da planta e fiquei surpreendido quando a descobri tempos depois à venda no Jardim Bonsai de Tavira. Na altura, quando o Nuno ficou com ela dei-lhe os parabéns por ter ficado com uma planta tão promissora e tenho acompanhado a sua evolução nas suas mãos nas aulas com o Rui Ferreira.
Assim, aproveitei para ficar com ela e é engraçado como uma planta que conhecemos há alguns anos através da internet acaba por nos vir parar às mãos.
Está com os ramos um pouco compridos porque estes estão em pleno processo de engorda e embora alguns já possam ser podados dentro de um mês ou dois, outros vão permanecer assim mais algum tempo. A imagem que tenho para ela é de um shohin sumo, com destaque para o shari central que terá de ser refinado no futuro.

Junípero #3 - Actualização Setembro 2011

Este junípero tem evoluído bem durante este ano. Foi alvo de um transplante tendo sido colocado neste vaso japonês que casa perfeitamente com a planta.
Ao longo do ano, tem sido alvo apenas de pinçagens e pouco mais, tendo-lhe sido dado algum espaço para crescer e recuperar do transplante e das intervenções anteriores. Penso que daqui a pouco tempo estará pronto para ser mexido novamente e começar a desenhar um shari no tronco de acrescente movimento no futuro nas zonas menos interessantes deste.

[Laurus Nobilis] Actualização Setembro 2011

Já há algum tempo que não ponho aqui nada sobre este loureiro.

A árvore tem evoluído bem e tem evidenciado grande vigor, reagindo muito bem às podas e ramificando com facilidade. No entanto, tem tido um ataque constante de cochinilha que tem sido difícil controlar devidamente. Esteve durante este mês entregue ao Rui Ferreira que deu conta da praga, espero eu.

Foi sujeita a um transplante em Março, tendo sido colocada num vaso de treino em plástico que eu tinha adquirido no Congresso da EBA em Lorca, em 2009. Reagiu muito bem ao transplante, embora tivesse rebentado um pouco mais tarde do que o costume. Não foi possível retirar toda a terra de origem, mas isso ficará para o próximo transplante.

Aqui está uma imagem mais recente do loureiro. O vaso ainda é muito grande para a planta, mas como qualquer vaso de treino ajuda ao desenvolvimento das raízes e da massa aérea. A partir de agora vamos começar a trabalhar a ramificação secundária e terciária de modo a ganhar mais pormenor no desenho. Possivelmente, no Outono do próximo ano já será possível retirar o resto da terra de origem e passá-lo para um vaso mais pequeno.